terça-feira, 2 de outubro de 2007

Beijing 2008

O mercado chinês abre cada vez mais suas portas para a entrada do capital estrangeiro, e consequentemente resquícios de cultura ocidental vão “contaminando” as cidades. A necessidade de destaque da potência emergente se reflete não só na economia, como também nas manifestações de arte, e costumes da nação que até pouquíssimo tempo atrás permanecia intocável graças ao sistema político extremamente fechado.
Atualmente as atenções do mundo se voltam para a cidade de Pequim, que sediará as Olimpíadas de 2008. Desta forma, uma série de intervenções na cidade tem despertado o interesse das pessoas e gerado algumas discussões entre os especialistas. Questões como, por exemplo, a conservação do meio ambiente e patrimônio histórico, a “ocidentalização da produção arquitetônica chinesa”, entre outras.
De fato a presença de inúmeros escritórios de arquitetura europeus e norte-americanos causam certa curiosidade. No entanto é bastante compreensível, se considerarmos que o governo chinês vem bancando inúmeras obras milionárias, dando liberdade total de criação aos arquitetos. Séries de concursos foram realizados e Pequim é hoje um grande campo de experimentações dos maiores nomes da arquitetura contemporânea. Cabe-nos então, discutir um pouco a respeito deste processo de urbanização selvagem que Pequim vem sofrendo, questionando os pontos positivos e negativos de tal mudança.

Há algumas décadas a China vem passando por um momento extraordinário de crescimento, assim a demanda de trabalho ficou enorme e detendo a maior população mundial o resultado foi que as cidades foram ficando densas pela grande procura de trabalho.

É natural que essas ocupações se tornem ilegais e impróprias, pois com essas mudanças repentinas as cidades não suportam esse “boom” demográfico, acarretando assim em depredação do meio ambiente e do patrimônio histórico. Só recentemente que esses problemas chamaram atenção das autoridades locais, para que os traçados originais de Pequim fossem restaurados, como exemplo as vielas antigas, tentando manter essas áreas vivas e pulsantes como todo o restante da "nova Pequim".


HUTONG (ruelas do centro antigo de Pequim)


Proposta de restauro da Rua Xisi Bei

Até a década de 90 os escritórios de arquitetura chineses eram estatais. A produção arquitetônica destes escritórios se restringia à planos urbanísticos de cidades. A partir desta época, foram permitidas as atuações de empresas privadas de arquitetura no país.
A abertura no setor, unida aos crescentes investimentos do governo chinês fez com que Pequim iniciasse um processo de urbanização agressivo e extremamente veloz. Depois de decidida como sede dos jogos Olímpicos uma série de concursos públicos foram realizados, promovendo uma grande diversidade de intervenções na cidade.
O arrojo e ruptura que os arquitetos, em sua maioria ocidentais, estão propondo geram polêmicas sobre a “descaracterização” e perda de identidade de Pequim. Entre as atuações, destacam-se nomes como:
- Rem Koolhas/ OMA;
- Paul Andreu;
- Herzog & De Meuron;
- PTW;
- Arup Group; etc.

OLIMPIADAS 2008

Programada para realizar os maiores Jogos Olímpicos da história, Beijing conseguiu modificar quase que por completo sua paisagem. A programação é a construção de 2 eixos (cultural e esportivo). O eixo cultural será marcado por pontuações através de elementos que irão mostrar de forma cronológica a história da China, já O Estádio Nacional e o Centro Nacional de Natação serão os pontos chave do eixo dos esportes.
Repleto de edificações de tirar o fôlego, Pequim passa a ser o palco da arquitetura contemporânea em todo o mundo, impulsinoando o mercado Chinês a crescer.





Plano Urbanístico - Pequim 2008

Teatro Nacional de Pequim

Estádio Nacional de Pequim

Estádios para os Jogos de 2008

CCTV











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