Em Metropolis, a hierarquia social refletida no espaço urbano evidencia elementos da recente Revolução Industrial e transformações sociais vividas a partir do final do final do séc. XIX. A cidade da superfície, onde só as altas classes sociais tinham acesso, expressa o progresso usufruído pela alta burguesia industrial e os avanços tecnológicos que tanto almejavam. Grandes arranha-céus, com passarelas e vias suspensas demonstram a grande influência sofrida pela arquitetura de Antonio Sant’Elia.
A grande presença de arranha-céus e veículos voadores também fazem uma alusão à arquitetura de Antonio Sant’Elia, no entanto, a presença das máquinas não está na configuração do espaço como em Metropolis, mas sim para substituir o trabalho humano, tomando assim o seu lugar.
Enfim, no Quinto Elemento mais uma vez são vistos elementos da arquitetura futurista de Sant’Elia e do Archigram na presença das grandes edificações, negação à natureza refletida no desafio à gravidade, velocidade e movimento, unidos ao caos da cidade excessivamente povoada.
Em contraponto, diferente dos outros filmes, o Quinto Elemento apresenta um modelo de cidade muito mais longe da realidade. Além da presença da alta tecnologia, ela é rigorosamente organizada, tanto no seu aspecto físico, quanto social. Os conflitos se dão não entre homens, mas entre seres de diferentes espécies.
Verificamos que em todos os modelos de cidade acima expostos, elas foram programadas para as mudanças em decorrência de uma tendência, - neste caso em específico os avanços tecnológicos, - isso nos leva à reflexão sobre qual será a tendência que as nossas cidades atuais estão sujeitas, e se estamos caminhando na direção certa para a obtenção de cidades sustentáveis e adequadas ás atividades humanas, ou se a transformamos em condicionantes onde ao invés de nos servir, teremos de nos adaptar à mecanismos falidos e inabitáveis.
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